Thiago Henrique, que está emprestado ao Chã Grande/Decisão, disputará a Universíade

Da reserva do Chã Grande/Decisão para a seleção brasileira universitária de futebol. O meia Thiago Henrique, de 22 anos, driblou o estereótipo do jogador de futebol brasileiro ser ignorante e ganhou a chance de vestir a camisa verde-amarela. O atleta do Santa Cruz e estudante de Administração da Faculdade Anglo Líder havia sido emprestado para ganhar “cancha” - experiência - na Série A2 do Campeonato Pernambucano. A habilidade com a bola e a persistência com os estudos levaram o jovem ao selecionado canarinho para disputar a 26ª Universíade de Verão, que vai de 12 a 23 deste mês, em Shenzhen, na China.

De cabelo cortado e sorriso estampado, Thiago se diz preparado para o desafio. “Tem quatro jogadores no nosso grupo que já participaram dessa Copa. Me disseram que é uma estrutura fantástica. Aliás, já estamos muito bem acomodados em um hotel na beira-mar de Boa Viagem”, disse. O jovem embarca ainda hoje para a China. A delegação canarinho conta com outros dez pernambucanos.

Apesar das conquistas, o meia relembra as dificuldades e os problemas encontrados no caminho. “Não é fácil treinar futebol e estudar. No início, precisava acordar às 6h da manhã para ir ao Arruda e só chegava em casa de 11 da noite, depois da aula na faculdade. Na Europa, tem toda uma estrutura para isso acontecer e a cobrança nos clubes também é muito maior”. A primeira tentativa de graduação do recifense Thiago foi com Educação Física, na Faculdade Maurício de Nassau, em 2007. Aliás, se o atleta seguisse o curso à risca estaria formado desde o ano passado e não poderia competir este ano em Shenzhen.

Aulas, treinos, jogos, provas... O tempo teimou em atrapalhar a rotina cansativa de Thiago, que precisou escolher a prioridade entre o diploma e a bola. Ficou com o futebol. Ainda assim, em 2010, recebeu uma bolsa integral de estudo para jogar pela Faculdade Anglo Líder, em São Lourenço da Mata. Novamente, aceitou e permaneceu também com o Santa Cruz. Logo no início do ano foi emprestado para o Aparecidense/GO. Ao fim do Estadual, novamente, nada de Tricolor coral: o atleta foi para o Chã Grande onde treinou até a última semana. “Não conhecia muito sobre a seleção universitária. Quando recebi a ligação de Sérgio China (comandante canarinho) foi muito bom”, disse o meia.

“Agora, só consigo pensar em ir para a China, jogar o meu melhor, ajudar o Brasil e voltar com a taça”, disse Thiago Henrique. A seleção, que sequer disputou uma final na história do torneio, não levou sorte no sorteio de grupos. Caiu na mesma chave que a bicampeã Ucrânia, Russia e Malásia. “Sabemos da dificuldade desse torneio. Não temos estrelas, mas vamos para vencer. Todo mundo sabe da capacidade do futebol brasileiro”, completou.

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